sábado, 12 de dezembro de 2009

SINDROME DO TÚNEL DO CARPO EM CICLISTAS




Comecei a sentir dores nas articulações dos punhos e uma irradiação de desconforto que estendia da costa até o cotovelo. Como são sintomas bem parecidos com os relatos de sindrome do túnel do carpo, pesquisei na literatura a ocorrência deste distúrbio em ciclistas e encontrei muitos estudos demonstrando essa condição em atletas e ciclistas com pouca experiência na modalidade.

Deixo abaixo duas referencias bibliograficas utilizadas para redação deste post.

Apesar dos relatos de casos identificarem a presença da disfunção sensorial e motora no nervo em ciclistas de longa distância, a real incidência desta condição, ainda é desconhecida em ciclistas. O ciclismo de longa distância pode promover alterações fisiológicas no ramo profundo do nervo ulnar e exacerbar os sintomas da síndrome do túnel do carpo (AKUTHOTA et. al., 2005).

Foram estudados 23 dos 25 ciclistas que apresentaram experiências de sintomas motores, sensoriais ou ambos. Os sintomas motores só ocorreram em 36% nas mãos (11 ciclistas) testados, nenhuma diferença significativa na incidência de sintomas motores foi encontrado entre os ciclistas de diferentes níveis de experiência ou com base em tipos de guidão (mountain bike versus bicicleta de estrada). Os sintomas sensoriais só ocorreram em 10% das mãos (quatro ciclistas) testados, com a maioria das quais estão na distribuição da região ulnar. Uma proporção significativamente maior de pilotos de mountain bike teve déficits sensoriais comparados com os pilotos bicicleta de estrada, no entanto, não houve diferença significativa na ocorrência de deficiências sensoriais com base no nível de experiência. Um total de 24% das mãos (oito ciclistas) testados experimentaram uma combinação de sintomas motores e sensoriais. Estes sintomas motores e sensoriais foram igualmente distribuídos entre os pilotos da estrada, mountain bike, cavaleiros e motociclistas de diversos níveis de experiência.

A paralisia em ciclistas ocorre em taxas elevadas em ciclistas experientes e inexperientes. As medidas de prevenção para diminuir a incidência de paralisia no ciclismo devem incluir o uso de luvas, ajuste adequado da bicicleta e freqüentemente a mudança da posição da mão.



Referência bibliográfica
AKUTHOTA V, PLASTARAS C, LINDBERG K, TOBEY J, PRESS J, GARVAN C. The effect of long-distance bicycling on ulnar and median nerves: an electrophysiologic evaluation of cyclist palsy. Am J Sports Med. 2005 Aug;33(8):1224-30. Epub 2005 Jul 6.

PATTERSON JM, JAGGARS MM, BOYER MI. Ulnar and median nerve palsy in long-distance cyclists. A prospective study. Am J Sports Med. 2003 Jul-Aug;31(4):585-9.

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